sexta-feira, 1 de julho de 2011

Histórias de Torcedor: 'Santos, sempre Santos'

Campeão... Aliás, TRIcampeão da Libertadores... O Santos de Neymar, Ganso e Elano conquistou a Libertadores de 2011 e garantiu sua vaga para disputar o Mundial de Clubes onde poderá enfrentar o grande Barcelona.
Iara Gomes, uma santista de 18 anos nos contou a emoção que sentiu ao ver o seu Santos se sagrar tricampeão. Ela não pode estar presente no estádio, mas estava do lado de fora comemorando como se estivesse lá dentro. Acompanhem abaixo a história da torcedora do alvinegro praiano.

Iara e sua paixão: o Santos
‘Naquela manhã de quarta feira já acordei pensando: “É hoje!”, naquele dia o meu time disputaria a final da Libertadores, um título que só havia conquistado em 62 e 63, época que meu avô ainda jogava futebol de botão... É, faz tempo.
O dia passava lentamente, o relógio parecia que tinha adormecido e não fazia questão de acordar tão cedo, mas as horas foram se passando e enfim chegou a hora de ir para o estádio. Vesti o manto e segui rumo ao Pacaembu, devido ao feriado meu pai se recusou a me levar até o estádio por causa do trânsito, sem reclamar fui de metrô, as estações pareciam tão distantes e tão longas que fazia com que a minha ansiedade aumentasse mais e mais.
Entrando no metrô Paraíso me deparo com um santista que esboça um leve tímido sorriso e diz: “Seremos TRI hoje!” Eu sorri de volta e disse: “Se Deus quiser...”
Seguindo viagem, o metrô avança algumas estações e mais santistas se vão se acumulando no vagão que eu estava. Meu coração batia forte com uma certa apreensão, mas ao mesmo tempo confiante. A cada segundo que passava, tentava me concentrar em um pensamento positivo para a partida da noite.  Depois de alguns minutos uma voz feminina anunciava: “Estação Clínicas” era ali o meu destino.
Caminhando rumo ao estádio, via aquela multidão de santistas todos cantando uma frase de incentivo e confiança: “VAMOS SER TRI, SANTOS” eu me juntei ao bando e cantei junto. Chego no Pacaembu, encontro meus amigos e é chegada a hora, porém, mal sabia eu que ficaria de fora daquela festa linda. Numa tentativa em vão de entrar no estádio, eu e meu amigo ficamos de fora, não havia saída, nem entradas que nos deixassem passar.
Pois bem, levemente conformados com o acontecido nos juntamos a 3 santistas que estavam com seus celulares com televisão, já que não tínhamos condições de ir até um bar, pelo fato de ser tão distante dali.
Iara e os torcedores que acompanharam o jogo com ela

Sentei-me ao lado de um santista (bem gatinho por sinal) que tinha um celular com uma tela gigante e perguntei por que ele não estava lá dentro, ele me contou que havia comprado um ingresso falso e que o pai dele tinha entrado por ser sócio. Fiquei com dó, justo num jogo tão especial pai e filho não podem compartilhar a mesma alegria. Enfim, começou a partida, nada de gols no primeiro tempo, apenas alguns chutes a gol que foram defendidos ou foram para fora.
Intervalo de jogo, todos se separam para dar uma relaxada, beber alguma coisa e inclusive encarar um churrasquinho de gato (foi o churrasquinho mais saboroso da minha vida, acreditem).
Começa o segundo tempo, logo no começo do jogo o Neymar, o queridinho das meninas, marca um gol! Meu coração parecia que ia sair pela boca, parecia um sonho, meu time cada vez mais perto do TRI, olhei para o menino que estava vendo o jogo comigo e vi uma lágrima escorrendo do seu rosto, eu o abracei e disse: “seremos tri.”  Ele sorriu e disse o mesmo. Continuamos vendo o jogo e alguns minutos depois sai outro gol, dessa vez marcado pelo Danilo, felicidade a mil, centenas de santistas gritando do lado de fora, e milhares do lado de dentro, era tanta alegria, tantas lágrimas de emoção... Não sabia o que fazer! Não sabia se pulava, se gritava ou se simplesmente assistia a festa, acabou que fiz tudo isso de uma vez só.
Nem tudo foi alegria, no meio do jogo teve um gol contra do Durval, mas nada que abalasse os santistas ali presentes, pois a alegria e confiança eram tanta que já podíamos sentir o gostinho de sermos campeões.
Fim de jogo. Todos comemoravam, somos TRI, jamais imaginava que seria assim, foi um momento mágico e inexplicável a sensação de estar lá, mesmo que do lado de fora. Foi lindo, especial, algo que não esperava vivenciar tão cedo.
A festa foi a melhor parte, sair pelas ruas gritando para quem quisesse ouvir que meu time era TRI campeão da Libertadores! Mesmo rouca, gritava loucamente junto com a minha amiga e seu irmão, pelas ruas da Avenida Paulista. Até hoje não caiu a ficha de que meu time é TRI campeão. Para muitos pode parecer estúpido, uma partida de futebol que vale um título e uma taça. Mas para nós santistas, é uma conquista histórica, algo que ficará tatuado em nossos corações. Passei o feriado inteiro vendo e revendo todas as reprises que passaram na tv, vídeos no YouTube, fotos e notícias, não me canso. Só tenho a agradecer ao Santos, por me dar tantas alegrias em tão pouco tempo.
Iara, sua amiga e o irmão: Tricampeões da Libertadores

Como diz o hino do Glorioso Alvinegro Praiano: “é um orgulho que nem todos podem ter”.'

Agradecemos à Iara por compartilhar seus sentimentos e emoções do título conosco e parabenizamos o Santos pelo tricampeonato.


por Camila Daychoum

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